
Em coletiva no início da tarde de hoje, Claudia Costin, escolhida pelo prefeito eleito Eduardo Paes para ser a nova secretária municipal de Educação do Rio em 2009, anunciou que vai manter o sistema de progressão continuada nas escolas da rede. A diferença em relação às regras atuais é que a Prefeitura vai ampliar o reforço escolar em todas as unidades. Com isto, ela espera permitir aos estudantes passar de um ano para outro com o mínimo de conhecimentos necessários para prosseguirem na vida escolar e, assim, acabar com o que tem sido chamado de aprovação automática.
Desde 2007, o sistema de progressão continuada é aplicado em todo o ensino fundamental, que é dividido em três ciclos. Segundo a secretária de Educação, Sonia Mograbi, a repetência só é possível ao final do ciclo (com três anos de duração, cada um) e em duas situações: se o aluno faltar mais de 25% das aulas ou por decisão do conselho de classe. Em entrevista publicada em outubro, pela FOLHA DIRIGIDA, a secretária que fica no cargo até o final deste ano informou que 30.059 foram reprovados no final de 2007.
Na entrevista, Claudia Costin não informou se fará mudanças no atual decreto que regula o sistema de progressão continuada e nem deu detalhes sobre como fará a ampliação das atividades de reforço. Segundo ela, é preciso analisar o orçamento para definir as ações. Ela disse que "é inadmissível um aluno passar de ano sem aprender os conteúdos básicos."
Ao menos uma decisão já está tomada: assim como o governo do Estado, a Secretaria Municipal de Educação vai distribuir computadores, provavelmente laptops, para os professores. "Vou ter de me debruçar sobre o orçamento. A idéia é de que todo o professor tenha acesso a um computador para uso pessoal e preparação de aulas", disse Claudia Costin. Segundo ela, o objetivo é também familiarizar os profissionais do magistério com as novas tecnologias e, a partir daí, aproximar os estudantes dos avanços tecnológicos.
"O primeito ator neste processo, que precisa ter acesso à tecnologia, é o professor. Se ele estiver confortável com a informática, trabalhará de forma muito mais competente na inclusão digital de seus alunos", salientou.
Claudia Costin também disse que vai manter o Ônibus da Liberdade, projeto da atual gestão que fornece transporte escolar para parte dos alunos da rede. Ela afirmou ainda que há planos para realização de parcerias com universidades para capacitação de professores, aumento do número de creches e escolas e contratação de profissionais. No entanto, estas e outras medidas dependem de análise do orçamento para 2009.
Claudia Costin, diretora da Fundação Victor Civitta, foi secretária estadual de Cultura de São Paulo e ministra da Administração Pública e Reforma do estado no governo Fernando Henrique. Ela é professora visitante do curso de Estado e Globalização da Escola Nacional de Educação Pública da Universidade de Quebec, no Canadá.
Fonte: Site Folha Dirigida - acesso em 08/11/2008
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